sábado, 5 de setembro de 2015

FILMES INESQUECÍVEIS (1) - "WESTERN" (1) - Shane


Começo hoje uma rubrica dedicada aos filmes que mais me marcaram ao longo da vida.
Não sendo propriamente um grande entendido na matéria, nem um espectador a quem se possa chamar assíduo, gosto de assistir a uma boa sessão de Cinema, em especial quando visionada de noite, frente à lareira, enquanto beberico uma boa taça de cacau quente.
Eu disse que não era um espectador assíduo de Cinema (vejo, em média, dois ou três filmes por mês) mas, quando criança (em meados dos anos 70), era um autêntico devorador de filmes e séries americanas que passavam na RTP.
Actores como Humphrey Bogart, Errol Flyn, Lauren Bacall, Edward G. Robinson, James Cagney, Marilyn Monroe, John Wayne, Dean Martin ou James Stewart, entre tantos outros, entravam em nossas casas praticamente todas as noites, actuando em películas inesquecíveis como "Janela Indiscreta", "O Homem que Matou Liberty Valance", "O Pecado Mora ao Lado", "Casablanca", "Rio Bravo", "Robin Hood", etc. Lembro-me, também, de séries televisivas como Bonanza, McClaud, Padre Brown, A Família Bellamy, O Regador Mágico, Miguel Strogoff, Uma Casa na Pradaria, O Comissário Maigret, Espaço 1999, O Caminho das Estrelas, O Barco do Amor, etc.
Um dos filmes que mais me marcou foi, inquestionavelmente, "Shane", a história de um pistoleiro que pretende deixar as armas de lado mas que, contra a sua vontade, é obrigado a pegar nelas, de novo, para defender os fracos e os oprimidos.
Dir-me-ão que é um argumento dejá vu e pouco imaginativo. Talvez. Mas a verdade é que a história prende do princípio ao fim, pelos actores, pelos cenários, pela realização, pela música magnífica... e pelo grito do miúdo, chamando por Shane (que nos anos 80 foi incluído num conhecido tema dos Pink Floyd).
Para quem gosta de "westerns", este é um filme inesquecível, sem dúvida.

Ficha técnica:
Título: "Shane"
Ano: 1953
Realização: George Stevens
Elenco: Alan Ladd, Jean Arthur, Van Helfin, Jack Palance, Ben Johnson.

6 comentários:

Catherine Labey disse...

Um grande aceno de boas-vindas ao "Raridades", num regresso há tanto tempo aguardado... e logo com um tema destes!
“Shane” é também um dos meus filmes de eleição, quer no género "western" como no clássico, e creio até que nunca vi outro filme tantas vezes! Lembro-me de estar certa vez num hotel do Porto, com amigos à minha espera para irmos almoçar, e de ter chegado com muito atraso ao encontro só porque na televisão estava a passar, mais uma vez, o “Shane”. Agora já não preciso da TV para o rever, pois tenho o DVD com a versão integral... que foi, aliás, o primeiro que comprei (e que vi no meu gravador) com um filme de "cowboys". Apesar de já ter sido lançado há muitos anos, esse DVD continua a estar à venda na FNAC e noutras lojas da especialidade. Um autêntico clássico intemporal e eterno!
Curiosamente, amigo Carlos, estou a preparar um post sobre o mesmo tema, que deverá sair na “Montra dos Livros”, em continuação da rubrica "Livros que deram filmes"... pois, por acaso, também tenho as duas edições de "Shane" que foram publicadas em colecções portuguesas e que bem merecem ser levadas ao conhecimento dos leitores mais jovens, pelo menos daqueles que ainda se interessam por "westerns".
Um grande abraço e votos de boas continuações no “Raridades”, com outros excelentes temas como este.
Jorge Magalhães

Carlos Rico disse...

Amigo Jorge,

Eu sabia que este post o iria tocar pois você é um dos maiores admiradores do género "western" que conheço. E o "Shane" é um filme que não pode deixar ficar nenhum apreciador indiferente.
Infelizmente, há anos que não (re)vejo este filme pois as nossas televisões há muito que não o passam e eu não tenho a versão em DVD (nem Fnac aqui por perto para tentar comprar um exemplar). No youtube também não existe a versão completa e, por isso, limito-me a rever o trailer, de quando em vez, para matar saudades.
Quanto à versão literária, não conheço. Aliás, nem fazia ideia que o filme tinha surgido do livro. Esperarei, ansiosamente, por esse post na Montra dos Livros para ficar a saber um pouco mais sobre esta obra clássica.
Obrigado pelas suas palavras. Vamos ver se consigo ir "alimentando" o "Raridades" a um ritmo minimamente aceitável. :)
Um grande abraço
Carlos Rico

Catherine Labey disse...

Amigo Carlos,
O livro de onde foi extraído o argumento de "Shane" foi escrito por Jack Schaefer e está publicado em duas colecções portuguesas: "Miniatura", da Livros do Brasil (que era uma colecção dedicada a grandes autores universais, daí a relevância conferida a um livro deste género), e "Western", da Europa-América (esta mais recente, dos anos 80). Ambas são ainda possíveis de encontrar em alfarrabistas, creio que mesmo através da Internet.
Só li o livro muito tempo depois de ter visto o filme e achei curioso que fosse narrado na 1ª pessoa pelo garoto amigo de Shane, que o vê chegar, um dia, ao vale onde habitava com os seus pais, como que vindo "do coração do grande Oeste resplandecente".
Um belo livro, pode ter a certeza, que espero poder emprestar-lhe quando nos encontrarmos.
Um grande abraço,
Jorge Magalhães

Geraldes Lino disse...

Viva, amigo Carlos Rico

Obrigado por me teres avisado da boa notícia de retomares actividade literária/bloguística no invulgar blogue "Raridades".

Também vi, "in illo tempore", numa qualquer sessão de um dos três cine-clubes de que fui sócio (ABC Cine-Clube, Cine-Clube Imagem e Cine-Clube Universitário), o excepcional filme Shane, no qual apreciei a sua sugestiva música.

Não tenho tendência para rever filmes, nem mesmo os que mais me têm impressionado ao longo da vida, mas acho interessante relembrá-los através de textos como aquele que acabas de escrever.

Parabéns.
Abraços,
Geraldes Lino

Carlos Rico disse...

Amigo Jorge Magalhães:

Já estou com "água na boca" para pegar nesse livro que amavelmente se predispõe a emprestar-me. Será uma satisfação acrescida na altura em que nos tornarmos a reencontrar.
Muito obrigado.
Um forte abraço
Carlos Rico

C. Rico disse...

Amigo Geraldes Lino,

Obrigado pelas tuas amáveis palavras de incentivo para com o "Raridades". Tentarei não defraudar nem a ti nem aos poucos visitantes que este blogue tem e ir postando alguns dos assuntos que mais me tocaram ao longo da vida.
Também eu não costumo rever filmes, a não ser os que verdadeiramente me marcaram. E o "Shane" foi um deles, sem dúvida. Vi-o umas três vezes (no tempo em que a RTP passava ao serão, todas as semanas, um grande clássico norte-americano) mas há anos que não o posso rever, como explico num comentário anterior. Talvez por isso mesmo, o filme continua a ser tão especial para mim.
Mais uma vez obrigado.
Um grande abraço
Carlos Rico